"As amadas
As amadas rebentam nas fontes do poema,
As amadas não são a filha do rei,
Uma delas não sabe onde me encontrar;
No pensamento vizinho ao meu
Cresce o desejo das amadas;
Vou apanhar os peixes da lua
Para a fome das amadas
Mas meu quotidiano irreparável
Perdendo suas formas volantes:
- Por que as nuvens baixas
Pesando nos meus olhos?
Onde as amadas para minha espera?"
João Cabral de Melo Neto
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