"Gosto de ti quando calas e estás como distante. E estás como que te queixando, borboleta em arrulho. E me ouves de longe, e a minha voz não te alcanças: Deixa-me que me cale com o silêncio teu./ Deixa-me que te fale também como o teu silêncio claro como uma lâmpada, simples como um anel. És como a noite, calada e constelada. Teu silêncio é de estrela, tão longínquo e singelo. / Gosto de ti quando calas porque estás como ausente. Distante e dolorosa como se tivesses morrido. Uma palavra então, um sorriso bastam. E estou alegre, alegre de que não seja verdade."
Pablo Neruda
Nenhum comentário:
Postar um comentário