"Parece que nesta, questionando, questionamos mais o que podemos questionar, mais do que o poder de questionar permite, além portanto, da existência da questão. Não acabaremos nunca com a questão, não porque ainda haja muito a questionar, mas porque a questão, nesse desvio da profundidade que lhe é próprio - movimento que nos desvia dela e de nós -, nos põe em contato com o que não tem fim."
Maurice Blanchot,
nA conversa infinita
26.2.11
"Para Freud a mulher era um sujeito que nada e ninguém poderia satisfazer no inconsciente, a mulher era, por excelencia, o sujeito insaciável. Então, para tratar de preencher essa falta - que faz medo a todos e às mulheres também - damos às mulheres crianças. Damos crianças às mulheres para acalmá-las."
Miller
Miller
"... entende-se a importancia de recompor um Outro, um grande Outro, para os analisados. É a questão institucional em psicanalise, que tem seus fundamentos no clínico. É esencial recompor um Outro, um lugar do Outro para os analisados. Sem esse Outro sob medida, tornam-se loucos os analisados. É dizer que, sem o Outro, podem imaginar serem eles mesmos o Outro."
Miller
(no seminário publicado A lógica na direção da Cura. Abaixo tb)
Miller
(no seminário publicado A lógica na direção da Cura. Abaixo tb)
16.2.11
good times
"More Than Words
Saying 'I Love you'
Is not the words I want to hear from you
It's not that I want you not to say
But if you only knew
How easy it would be to show me how you feel
More than words
Is all you have to do to make it real
Then you wouldn't have to say
That you love me 'cause I'd already know
What would you do if my heart was torn in two?
More than words to show you feel
That your love for me is real
What would you say if I took those words away?
Then you couldn't make things new
Just by saying 'I love you'
More than words
Now that I've tried to
Talk to you and make you understand
All you have to do is
Close your eyes and just reach out your hands
And touch me, hold me close
Don't ever let me go
More than words
Is all I ever needed you to show
Then you wouldn't have to say
That you love me 'cause I'd already know
What would you do if my heart was torn in two?
More than words to show you feel
That your love for me is real
What would you say if I took those words away?
Then you couldn't make things new
Just by saying 'I love you'"
lembrança da adolescencia começando, a turminha no passeio. primeira musica que a amiga aprendia no violão, e a gente cantaava, catando um espaço que não refletisse na pasta de musicas e cifras; a luz do poste alaranjado/sepia... era nosso clube da esquina...
como diz um amigo, o Paulo, sou do interior de bh
:)
Saying 'I Love you'
Is not the words I want to hear from you
It's not that I want you not to say
But if you only knew
How easy it would be to show me how you feel
More than words
Is all you have to do to make it real
Then you wouldn't have to say
That you love me 'cause I'd already know
What would you do if my heart was torn in two?
More than words to show you feel
That your love for me is real
What would you say if I took those words away?
Then you couldn't make things new
Just by saying 'I love you'
More than words
Now that I've tried to
Talk to you and make you understand
All you have to do is
Close your eyes and just reach out your hands
And touch me, hold me close
Don't ever let me go
More than words
Is all I ever needed you to show
Then you wouldn't have to say
That you love me 'cause I'd already know
What would you do if my heart was torn in two?
More than words to show you feel
That your love for me is real
What would you say if I took those words away?
Then you couldn't make things new
Just by saying 'I love you'"
lembrança da adolescencia começando, a turminha no passeio. primeira musica que a amiga aprendia no violão, e a gente cantaava, catando um espaço que não refletisse na pasta de musicas e cifras; a luz do poste alaranjado/sepia... era nosso clube da esquina...
como diz um amigo, o Paulo, sou do interior de bh
:)
tem musica que é pra sempre
agora, no good times (juro)
"Certas Coisas
Lulu Santos / Nelson Motta
Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...
Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...
Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz.
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...
Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...
Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz,
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer..."
agora, no good times (juro)
"Certas Coisas
Lulu Santos / Nelson Motta
Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...
Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...
Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz.
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...
Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...
Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz,
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer..."
15.2.11
"Saber dizer
A maioria da gente enferma de não saber dizer o que vê e o que pensa. Dizem que não há nada mais difícil do que definir em palavras uma espiral: é preciso, dizem, fazer no ar, com a mão sem literatura, o gesto, ascendentemente enrolado em ordem, com que aquela figura abstracta das molas ou de certas escadas se manifesta aos olhos. Mas, desde que nos lembremos que dizer é renovar, definiremos sem dificildade uma espiral: é um círculo que sobre sem nunca conseguir acabar-se. A maioria da gente, sei bem, não ousaria definir assim, porque supõe que definir é dizer o que os outros querem que se diga, que não o que é preciso dizer para definir. Direi melhor: uma espiral é um círculo virtualque se desdobra a subir sem nunca se realizar. Mas não, a definição ainda é abstrata. Buscarei o concreto, e tudo será visto: uma espiral é uma cobra sem cobra enroscada verticalmente em coisa nenhuma.
(...) São intransmissiveis todas as impressões salvo se as tornarmos literárias. As crianças são muito literárias porque dizem como sentem e não como devem sentir quem sente segundo outra pessoa. Uma criança, que uma vez ouvim disse, querendo dizer que estava a beira de chorar, não 'tenho vontade de chorar', que é como diria um adulto, isto é, um estupido, senão isto: 'tenho vontade de lagrimas'. E esta frase, absolutamente literária, a ponto de que seria afectada num poeta célebre, se ele a pudesse dizer, refere resolutamente a presença quente das lagrimas a romper pelas palpebras conscientes da amargura liquida. " Tenho vontade de lágrimas". Aquela criança pequena definiu bem a sua espiral.
Dizer! saber dizer! Saber existir pela voz escrita e a imagem intelectual!Tudo isto é quanto a vida vale: o mais é homens e mulheres, amores supostos e vaidades factícias, subterfúgios da digestão e do esquecimento, gentes remexendo-se como bichos quando se levanta uma pedra, sob o grande pedregulho abstracto do céu azul sem sentido."
Fernando Pessoa
A maioria da gente enferma de não saber dizer o que vê e o que pensa. Dizem que não há nada mais difícil do que definir em palavras uma espiral: é preciso, dizem, fazer no ar, com a mão sem literatura, o gesto, ascendentemente enrolado em ordem, com que aquela figura abstracta das molas ou de certas escadas se manifesta aos olhos. Mas, desde que nos lembremos que dizer é renovar, definiremos sem dificildade uma espiral: é um círculo que sobre sem nunca conseguir acabar-se. A maioria da gente, sei bem, não ousaria definir assim, porque supõe que definir é dizer o que os outros querem que se diga, que não o que é preciso dizer para definir. Direi melhor: uma espiral é um círculo virtualque se desdobra a subir sem nunca se realizar. Mas não, a definição ainda é abstrata. Buscarei o concreto, e tudo será visto: uma espiral é uma cobra sem cobra enroscada verticalmente em coisa nenhuma.
(...) São intransmissiveis todas as impressões salvo se as tornarmos literárias. As crianças são muito literárias porque dizem como sentem e não como devem sentir quem sente segundo outra pessoa. Uma criança, que uma vez ouvim disse, querendo dizer que estava a beira de chorar, não 'tenho vontade de chorar', que é como diria um adulto, isto é, um estupido, senão isto: 'tenho vontade de lagrimas'. E esta frase, absolutamente literária, a ponto de que seria afectada num poeta célebre, se ele a pudesse dizer, refere resolutamente a presença quente das lagrimas a romper pelas palpebras conscientes da amargura liquida. " Tenho vontade de lágrimas". Aquela criança pequena definiu bem a sua espiral.
Dizer! saber dizer! Saber existir pela voz escrita e a imagem intelectual!Tudo isto é quanto a vida vale: o mais é homens e mulheres, amores supostos e vaidades factícias, subterfúgios da digestão e do esquecimento, gentes remexendo-se como bichos quando se levanta uma pedra, sob o grande pedregulho abstracto do céu azul sem sentido."
Fernando Pessoa
10.2.11
5.2.11
2.2.11
1.2.11
"Te penso.
E já não és o pensado.
És tu e mais alguém
No informe, nos guardados
Alguém
E tu sem nome, imaginado.
Te penso
Como quem quer pintar o pensamento
Colorir os muros do passado
De umas ramas finas, mergulhadas
Num luxo de tinturas.
Te penso novo e vasto.
E velho
Igual a fome que tenho das funduras."
Hilda Hilst
E já não és o pensado.
És tu e mais alguém
No informe, nos guardados
Alguém
E tu sem nome, imaginado.
Te penso
Como quem quer pintar o pensamento
Colorir os muros do passado
De umas ramas finas, mergulhadas
Num luxo de tinturas.
Te penso novo e vasto.
E velho
Igual a fome que tenho das funduras."
Hilda Hilst
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