30.1.09

e por falar em Little Joy, me incomodou um pouco a critica passional contida na Bravo do mês passado. Uau, já é fevereiro. Então, mês passado li esta critica. E mês passado fui também ao show do Little Joy.
E daí se a coisa durar 31 minutos? Bom, vou deixar que leiam primeiro:

"Revista BRAVO! | Janeiro/2009

Uma Asa de Strokes, Uma Perna de los Hermanos...

... e o feitiço chamado Little Joy fervilha no caldeirão. O conjunto que reúne os vice-líderes do grupo nova-iorquino e da banda carioca lança um ótimo CD de estreia

Por José Flávio Júnior

Os nova-iorquinos do The Strokes viabilizaram o rock desta década. Fizeram o estilo recobrar o charme, influenciaram outras bandas e gravaram pelo menos um disco com vocação para clássico do gênero: Is This It?, de 2001. No Brasil, o Los Hermanos significou um pouco isso também. Apesar de ter iniciado atividades no fim dos anos 90, o grupo se consagrou como fenômeno pouco depois, lançando os álbuns Bloco do Eu Sozinho (2001) e Ventura (2003). No Strokes, o líder absoluto é Julian Casablancas. Em Is This It?, todas as composições são de sua autoria. No Los Hermanos, o primeiro a se destacar foi Marcelo Camelo, que, com menos de 30 músicas no currículo, viu sua produção ser descoberta e registrada por artistas como Maria Rita e Ney Matogrosso.

Pois bem, esqueça Camelo e Casablancas. A banda Little Joy, cujo CD de estreia sai este mês no país, reúne os "números dois" dos dois grupos. Na escala de importância do Strokes, o baterista Fabrizio Moretti sempre veio na cola de Casablancas, como o cara das levadas viciantes e o mais querido do público feminino. Rodrigo Amarante também pegava placê no Los Hermanos. Suas composições foram minoria em todos os discos. Mas no irregular 4 (2005), por enquanto o último dos Hermanos, a primeira música de trabalho foi do ruivo (O Vento), a segunda também (Condicional), o que levou muita gente a notar que Camelo havia ficado para trás como autor e intérprete.

Motivada por uma admiração mútua (Fabrizio Moretti é nascido no Rio de Janeiro e recebia os discos do Los Hermanos por intermédio de seu irmão, que reside na cidade), a junção rendeu um disco saboroso, dividido entre rocks descompromissados e baladinhas singelas. Parte das composições do baterista (que no disco também toca guitarra, baixo, piano e faz vocais de apoio) fala de amor de um jeito bem otimista e esperançoso. Brand New Start, o rock mais imediato do pacote, narra a excitação com um novo romance. Já o assunto na ótima No One's Better Sake é o término de uma relação. Mas Moretti também mostra fé no ser humano: "Nós podemos ser amigos/ se tentarmos de novo/ eu fico em segundo lugar/ só para terminar a corrida". Amarante contribui com seus característicos versos vagos, como os de The Next Time Around, cantados em português pela americana Binki Shapiro, que completa o trio: "E onde a sorte há de te levar/ saiba o caminho é o fim mais que chegar".

Resta torcer para que a experiência do Little Joy não termine nos 31 minutos desse CD. Os Strokes voltam a ensaiar em fevereiro, e uma volta do Los Hermanos nunca foi descartada. Mas, quando quiserem produzir sem as sombras de Casablancas e Camelo, Moretti e Amarante saberão que construíram um cantinho aconchegante para tal."

que quer dizer a bendita escala de importância a que se refere o José - autor da matéria, que se nomeia critico (como é mesmo que se formam os críticos?).
não estamos mais no tempo dos líderes absolutos... basta ler algumas referências. não todas.

Então, praquele que tem a ousadia de subir ao pedestal para dizer quem é o numero dois, deixo uma reprise (daqui mesmo, meses atrás) - e é bom que escute lá de cima (do pedestal, claro):

Entrevista com o Amarante.

Sobre o show, os poucos minutos valeram e deixaram a desejar...
As canções são belíssimas e as vozes muito, muito boas! Amarante estava um espetáculo, como de costume.
Tocaram lindo e a companhia era muito boa : )

15.1.09

Little Joy em BH

o tempo muda e nós mudamos com ele

(Pinturas de Otto van Veen, na Igreja e convento de São Francisco. Salvador)